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Mais uma mensagem de ano novo aos Educadores

Olá.
Aqui é o Rafael mais uma vez.
Hoje, passo apenas para deixar uma mensagem de Boas Festas aos educadores que acompanham o blog.
O mais que desejo a todos é que não desanimem na tarefa de educar os jovens, nesse mundo tão moderno que poucas esperanças está oferecendo aos educandos.
É o tempo de escrevermos uma página menos cheia de rasuras no livro da vida!

Feliz 2015 aos educadores, sejam eles professores, pais ou apenas responsáveis por suas crianças!
Se Deus permitir, teremos mais aulas, mais motivação, mais vida em nossas escolas!
Até mais!

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Aula de artes - 10 - Criações natalinas

Olá.
Aqui é o Rafael novamente.
Hoje, trazendo a vocês uma nova aula de artes - a última deste ano. E relacionado ao Natal.

SUGESTÕES NATALINAS
O Natal cria boas ideias para artistas, de criação de enfeites a elaboração de modelos baseados em outras criações.
Para a aula de hoje, ficam duas sugestões para o Natal:
1) Enfeitar uma meia. A meia é um tradicional adereço natalino - colocada na beira das chaminés ou nas janelas, para que Papai Noel as encha de presentes. Os alunos podem customizar a sua meia, estampando-a da maneira que preferir, porém dentro da temática natalina, Abaixo, a meia para ser customizada...

...e abaixo, um modelo de meia customizada com uma flor natalina.

2) Customizar um pinheiro de Natal. O aluno deve ser convidado a projetar o seu próprio pinheiro de Natal, um dos maiores símbolos da festividade, enfeitando-o com objetos criados por ele: bolas, estrelas, presentes, bengalas, festão... Abaixo, a árvore a ser enfeitada...
...e abaixo, um exemplo de árvore enfeitada.

As duas sugestões abaixo podem ser usadas na confecção de cartões natalinos.

E, com isso, o Estúdio Rafelipe (http://estudiorafelipe.blogspot.com.br/) e o Educar é Viver encerram o ano letivo.
Em breve, mais sugestões de aulas para os educadores.
Feliz 2015 aos professores e educadores brasileiros!
Até mais!

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Aula de artes - 9 - Composição

Olá.
Aqui é o Rafael novamente.
Hoje, mais uma aula de artes baseada em experiência escolar. E, desta vez, trazendo uma sugestão de artesanato.

COMPOSIÇÃO
Como sugestão de trabalho com artes, os alunos deverão criar uma composição aleatória, com os objetos de uma cena, dispostos em um cenário. É o princípio usado para a criação de naturezas-mortas, um dos exercícios preferidos dos estudantes de belas-artes.
1) A forma mais comum de criação de uma natureza-morta é pegar objetos quaisquer - flores, vasos de plantas, objetos de decoração, frutas verdadeiras e/ou de cera, etc. - e colocá-los em cima de uma mesa. O passo seguinte é reproduzir, através de desenho e pintura, os objetos tais como foram dispostos na mesa. Nos exemplos abaixo, foram escolhidos: um cesto, uma garrafa de refrigerante, uma garrafa de álcool, um vidro e um pote coberto com um pano.

Nesse caso, uma sugestão é: dispor os alunos em círculo na sala de aula; colocar uma mesa no centro, com a composição criada pelos objetos em cima; e pedir aos alunos que desenhem os objetos, de acordo com a posição em que se encontram nesse momento. Como os alunos estão em diferentes pontos da sala, eles verão os objetos de formas diferentes. E sairão, portanto, diferentes composições (reparem, nos exemplos abaixo, que o vidro está escondido pelos objetos - pode ser que, do ponto de vista do aluno, alguns objetos não apareçam).

2) Segunda sugestão: em uma folha, criar: de um lado, um cenário; do outro, objetos para criar uma composição. No exemplo abaixo, uma composição com elementos da cultura gaúcha - bandeira, roda de carroça, acordeon, chaleira, lança, laço, chapéu de peão e crânio de boi, presentes nos galpões das estâncias (fazendas) do Rio Grande do Sul. O professor pode criar outro cenário e outros objetos, que remetam à cultura de seu estado e/ou país, mas seguindo o mesmo princípio.
 a) Primeiro, pintar o cenário e os objetos nas cores que desejar. De preferência, reforçar o contorno dos objetos com preto;
 b) Recortar os objetos com cuidado;
 c) Colar os objetos no cenário, de uma forma aleatória, podendo ser da forma mais convencional - como no exemplo abaixo - ou criando uma composição mais surreal, com os objetos voando de forma aleatória.

Em breve, outra aula de artes. Vejam também em http://estudiorafelipe.blogspot.com.br/.
Até mais!

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Aula de artes - 8 - A figura humana

Olá.
Aqui, Rafael novamente.
Hoje, com mais uma aula de artes, baseada em experiência pessoal de sala de aula. Hoje, mais extensa.

A REPRESENTAÇÃO DA FIGURA HUMANA
Nas aulas anteriores, falamos do Renascimento Artístico e de como ele influenciou nas representações da figura humana na arte. Para entender o real significado disso, é bom entender como o ser humano foi representado através dos tempos em pinturas e esculturas. Assim, comecemos com a parte teórica, em forma de apresentação de Powerpoint ilustrada.


SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
1 - TESTE PARA MOTORISTA: Um exercício bastante comum em auto-escolas é pedir para que os futuros motoristas desenhem um homem, mas que estes não esqueçam de nenhum detalhe: no boneco, devem aparecer olhos, nariz, sobrancelhas, lábios, dedos, pescoço... Um primeiro exercício aos alunos, então, é pedir que eles desenhem um homem e uma mulher, partindo do mesmo princípio: todos os detalhes da figura humana devem, o máximo possível, aparecer na figura a ser construída. A ideia é simular o teste de motorista, e que eles façam o desenho, rapidamente, a mão livre. Não é necessário aplicar texturas, hachuras ou detalhes adicionais aos bonecos: importante mesmo é a forma como o aluno o representa. É a partir deste desenho que começaremos a ensinar a desenhar a figura humana da maneira "acadêmica" - mas sem intenção de impor este como sendo o modo "correto". Cada pessoa possui sua maneira de desenhar a figura humana, e fica a cargo do aluno seguir as regras acadêmicas ou não, daqui em diante.
2 - CONSTRUÇÃO DO DIAGRAMA DE COUSIN: o aluno deverá construir, segundo o esquema abaixo, um diagrama de Cousin (fica parecido com um manequim, mas a estrutura básica permite desenhar tanto homens quanto mulheres). E, a partir do diagrama, uma figura humana completa, de acordo com as proporções da cabeça. Para efeitos de medida, vamos determinar a altura da cabeça em mais ou menos 3 cm.
3 - TRABALHOS COM ESQUELETOS: reduzir uma figura humana ao seu esqueleto básico, já com as proporções exatas. Crânio, caixa torácica, pelvis, cotovelos, joelhos... toda a estrutura básica humana representada a partir de um esboço simplificado, apenas para fim de construção de uma posição.
3A) A partir dos esqueletos abaixo, criar figuras humanas na exata posição em que o esqueleto está;
3B) Reduzir as seguintes figuras abaixo a seus esqueletos básicos, na exata posição em que as figuras estão. O professor pode utilizar outras fotos de pessoas em diversas posições para o exercício.

Em breve, uma nova aula de artes. Confiram também em http://estudiorafelipe.blogspot.com.br/.
Até mais!

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Aula de artes - 7 - Perspectiva

Olá.
Aqui é o Rafael novamente, trazendo mais uma aula de artes, baseada em experiências de sala de aula.
Relacionado ao tema desenvolvido em aulas anteriores, vamos falar sobre perspectiva.

A PERSPECTIVA

Um dos grandes legados do Renascimento Artístico, o movimento intelectual dos séculos XIV a XVI, foi a utilização da perspectiva na pintura.
Perspectiva é a simulação da sensação de distância presente na pintura. O uso desse recurso permite criar trabalhos tridimensionais e mais realistas.
Antes da descoberta da perspectiva, os objetos, pessoas, animais e prédios eram representados em um único plano de visão, livres das leis da física e da ótica. Em pinturas medievais, por exemplo, existem numerosos exemplos de pessoas que eram representadas do mesmo tamanho que os prédios ao redor, contrariando a realidade e se baseando exclusivamente na visão de mundo do pintor. Com o Renascimento, mais ou menos por volta do século XV, o caráter artístico sofreu grandes mudanças: não bastava apenas ao artista dominar desenho, pincéis e cores; era também preciso dominar anatomia, matemática, ótica e ciências da natureza - influência dos estudos da antiguidade greco-romana. Isso ajudava a criar obras de arte mais realistas, racionais e admiráveis. O domínio das ciências ficava evidente no uso da perspectiva na pintura e na escultura.
O uso da perspectiva se baseia na ideia simples de que os objetos, pessoas e/ou animais vão ficando cada vez menores à medida que se afastam no espaço. Quanto menor o objeto é representado, mais distante ele se encontra dos objetos que estão próximos do espectador, e mais distantes ainda do próprio espectador.
A perspectiva se baseia em três elementos: o objeto representado, o ponto de fuga e a linha do horizonte.
O ponto de fuga é o local, na linha do horizonte, de onde a perspectiva vai sair. De acordo com a localização do ponto de fuga, o objeto vai se distanciando no espaço. A posição do objeto em relação ao ponto de fuga também influencia na perspectiva.
De acordo com a localização do objeto em relação à linha do horizonte, cria-se o jogo de planos, admitindo-se três planos de localização principais: o plano próximo, com o objeto bem perto do espectador; o plano intermediário, com o objeto menor à medida que se afasta do plano próximo, e o plano distante, com o objeto mais próximo à linha do horizonte e ao ponto de fuga.
Como usar perspectiva:
1 - Desenhe o objeto.
2 - Determine o ponto de fuga atrás do objeto.
3 - Una, com pequenas linhas, os cantos do objeto ao ponto de fuga.
4 - Corte as linhas rente ao objeto. Apague as linhas restantes.
5 - Opcional: escureça os cantos criados pelo objeto.
Para praticar, desenhe objetos com diferentes formatos, determine pontos de fuga em diferentes cantos do desenho, e siga as mesmas instruções de cima. Você criará, desta forma, diferentes objetos tridimensionais. Importante: qualquer objeto representado em um determinado espaço, para ficar mais realista, deve obedecer ao ponto de fuga! Um erro comum de artistas iniciantes é a não-observância do ponto de fuga, tornando os objetos geometricamente rígidos e, portanto, livres das leis da física!
O uso de perspectiva é útil para pintores que usam técnica realista, desenhistas de histórias em quadrinhos e outros profissionais gráficos.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Criação de nome com perspectiva.
O aluno criará o próprio nome de forma tridimensional, usando perspectiva. O procedimento segue as orientações acima para criar objetos em perspectiva.
1 - Desenhar uma linha do horizonte a mais ou menos 3 cm da margem superior da folha. No meio da linha, determine o ponto de fuga;
2 - Determine mais ou menos 2 cm da margem inferior da folha, e acima da medida um espaço de mais ou menos 4 cm. Esta vai ser a altura máxima das letras;
3 - Desenhe as letras de seu nome grossas e um pouco afastadas uma da outra;
4 - Una os cantos das letras ao ponto de fuga com linhas;
5 - Corte as linhas, seguindo o contorno das letras;
6 - Escureça os cantos das letras, e pinte-as.
Pronto: criou-se um nome tridimensional, parecido com as letras de boas-vindas que aparecem na entrada de algumas cidades!

Em breve, nova aula de artes. Confiram também em http://estudiorafelipe.blogspot.com.br/.
Até mais!

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Aula de Artes - 6 - O Nascimento de Vênus

Olá.
Eis aqui mais uma aula de artes baseada em experiência pessoal em sala de aula.
Relacionado ao Renascimento Artístico, mais uma lição de sensibilização artística.

O NASCIMENTO DA VÊNUS

Autor: Sandro Botticelli, c. 1485
Têmpera sobre tela, 172 x 278 cm
Galeria degli Uffizi, Florença, Itália
Sandro Botticelli (1445 - 1510) foi outro artista bastante representativo do Renascimento italiano. Suas pinturas constituem os melhores exemplos de uma importante característica do Renascimento: o uso de temas da mitologia greco-romana aliados aos temas ligados ao cristianismo. Os artistas do renascimento eram cristãos, e seus maiores patrocinadores eram principalmente membros do alto clero católico, mas valorizavam a cultura greco-romana, que serviu de cânone para a produção artística.
O Nascimento da Vênus é um dos maiores exemplos da arte renascentista. Encomendada por Lorenzo de Pierfrancesco, primo do mecenas de Botticelli, Lorenzo de Médici, o governante máximo de Florença, Itália. Especula-se que houve outra versão do quadro, hoje desaparecida, que teria ficado com Pierfrancesco; o quadro exposto na Galeria degli Uffizi teria sido feito por encomenda de outro nobre italiano.
O quadro trata de um tema da mitologia greco-romana: o momento do nascimento da deusa Vênus (ou Afrodite), a deusa do amor, que sai das águas do mar já adulta, nascida quando os genitais do deus Urano, castrado por seu filho Cronos, caíram no mar, e fecundaram Aphros, a espuma do mar. A deusa emerge do mar nua, sobre uma concha - uma metáfora para o órgão genital feminino. Ao seu lado, estão: à esquerda, os amantes Zéfiros, os ventos, lhe dando um sopro de vida; e à direita, uma ninfa Hora, que vem cobrir a deusa com um manto de rosas. Esses elementos são o simbolismo da oposição entre as duas faces do amor, o carnal e o espiritual, o erotismo e a castidade. Na perspectiva cristã, a nudez de Vênus representaria a humanidade desamparada, à espera de renascimento em Deus por meio do batismo.
Apesar da idealização de beleza e sensualidade, a figura de Vênus foge dos padrões anatômicos renascentistas, realistas, ou seja, a mulher tem erros de anatomia, com um pescoço muito comprido e ombros caídos de forma irregular. Os cenários também receberam pouca atenção do artista, que deixa de lado as minúcias do mar, ao fundo, e das folhas das árvores. Segundo especialistas, o quadro prenuncia a estética do Maneirismo, que resgata elementos da cultura medieval, mas incentivando trabalhos mais autorais.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
APROPRIAÇÃO: a partir do principal elemento do quadro, ou seja, a Vênus em cima da concha (como abaixo)...
...criar um novo fundo para a pintura, ou novos detalhes para o quadro. Como no exemplo abaixo:

Em breve, uma nova aula de artes. Vejam também em http://estudiorafelipe.blogspot.com.br/.
Até mais!

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Aula de artes - 5 - Mona Lisa

Olá.
Aqui é o Rafael novamente.
Hoje, mais uma das minhas Aulas de Artes, material auxiliar para os professores.
Relacionado ao Renascimento Artístico, o estudo de mais uma obra da arte universal, com intuito de sensibilização artística:

MONA LISA

Autor: Leonardo da Vinci, 1503 - 1506
Óleo sobre madeira, 77 x 53 cm
Atualmente no Museu do Louvre, Paris, França
É de conhecimento geral que Leonardo da Vinci (1452-1519) foi um dos maiores gênios da humanidade. Além de pintor, foi cientista, projetista de máquinas (apesar de vários de seus projetos nunca terem saído do papel, ele anteviu diversos aparelhos que fazem parte de nosso dia-a-dia, como o helicóptero, o submarino, o traje de mergulho, o paraquedas, o tanque de guerra e a bicicleta), anatomista e arquiteto. Sua atividade como pintor foi mais limitada: Da Vinci pintou reduzido número de telas, mas todas elas constituem verdadeiros tesouros artísticos, amplamente estudadas. Dentre suas principais obras, destaque para A Última Ceia, A Virgem dos Rochedos, A Dama com o Arminho e a Mona Lisa.
Mona Lisa, também conhecida como La Gioconda, é o seu quadro mais conhecido - e um dos quadros mais parodiados de todos os tempos, um ícone da cultura pop mundial.
A retratada no quadro constitui um dos muitos mistérios que cercam o retrato. Teses afirmaram que a Mona Lisa pode ter sido uma camponesa, um rapaz, ou até mesmo um auto-retrato alterado de Leonardo Da Vinci. A tese mais aceita, depois de minuciosa investigação, é que se trata de Lisa Gherardini, esposa de Francesco Del Giocondo, rico comerciante de Florença, na Itália, que teria feito a encomenda a Da Vinci. Consta que Leonardo jamais entregou o retrato ao contratante, e passou a leva-lo consigo para onde fosse. A Mona Lisa foi parar na França, onde Leonardo se exilou nos últimos anos de vida, e passou a ser, desde a primeira década do século XIX, exposta no Museu do Louvre. Era apenas mais um dos quadros em exposição no museu até 1911, quando foi roubado. A tela foi recuperada dois anos depois. O ladrão, que escondia a tela em sua casa, alegou patriotismo para seu ato: queria levar a tela de volta para a Itália. Inutilmente, pois o próprio Leonardo teria vendido a tela para o Rei da França na época.
O maior mistério da obra está no sorriso da personagem, cheio de significados. Estaria feliz? Com dor de dente? Estaria grávida na ocasião? Essa ambiguidade se deve a uma técnica especial de pintura, o sfumato, que obscurece os cantos da boca da personagem. Outros elementos que chamam a atenção são a boa construção das mãos da personagem, o fato de a personagem não possuir sobrancelhas - uma moda entre as mulheres florentinas da época, e o trabalho de luz e sombra, tanto no cenário a fundo como na personagem.
O quadro, como dito, é o mais parodiado de todos os tempos. Diversas releituras foram feitas por artistas de todo mundo. Confiram algumas:
Imagens extraídas de: RAFFA, Ivete. Fazendo Arte com os Mestres 2. São Paulo: Editora Escolar, 2006.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
1 - APROPRIAÇÃO: a partir do detalhe pincipal do quadro - uma reprodução do corpo da personagem, ou dos contornos básicos do quadro (como no exemplo abaixo), criar um novo fundo ou novos detalhes para o quadro. Clique para ampliar, imprimir, fotocopiar e pintar. O contorno pode ter outros usos possíveis, como reprodução da Mona Lisa em cortiça, metal, etc.
2 - RELEITURA: recriação do quadro a partir do zero. Com acréscimo de detalhes, com o próprio traço, mas mantendo o mínimo para o quadro ser reconhecido. Como no exemplo abaixo:

Em breve, outra aula. Veja também em http://estudiorafelipe.blogspot.com.br/.
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Aula de artes - 4 - O Renascimento Artístico

Olá.
Aqui é o Rafael novamente.
Hoje, trago a vocês mais uma de minhas aulas de artes. Desta vez, vamos para uma lição teórica de História da Arte - dela dependerão as aulas seguintes, a serem postadas aqui.

Aqui, uma versão resumida, feita em forma de apresentação de Powerpoint, dos principais tópicos referentes ao Renascimento. O professor, com auxílio de livros didáticos e outros recursos, pode complementar informações oralmente.


Sugestões de atividades relacionadas:
1) Trabalhar com os alunos uma releitura de alguma obra do Renascimento (a exemplo da releitura abaixo, do Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci);
2) Pesquisa da biografia de algum(ns) dos artistas citados do Renascimento. Nesse caso, deverá se considerar o seguinte roteiro para condução do trabalho:
   a) Datas de nascimento e morte do biografado;
   b) Principais momentos de sua carreira: início, auge, quem foi seu principal mecenas (patrocinador)
   c) Principais obras
   d) Importância para o Período Renascentista e para a História da arte em geral.
Sugestões de nomes a pesquisar: Giotto, Sandro Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael Sanzio, Donatello.
IMPORTANTE: no momento da pesquisa, o professor deve estimular os alunos, se possível, a escrever o trabalho de pesquisa a mão, e, se possível, incluir ilustrações de obras dele, substituindo o "recorte e cole" de informações da internet. O aluno deve ser estimulado a conferir as fontes que vai usar para a pesquisa, para não ocorrer equívocos.

Em breve, outra aula de artes, relacionada ao tema acima. Veja também no blog http://estudiorafelipe.blogspot.com.br/.
Até mais!

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Aula de artes - 3 - A ciência das cores

Olá.
Aqui é o Rafael novamente.
E hoje, estou de volta com mais uma sugestão de aula de artes, desta vez mais complexa.

A CIÊNCIA DAS CORES
(Recomendada a alunos de ensino fundamental – 6º ao 9º ano)
Em quase todas as áreas que envolvam arte, o conhecimento da ciência das cores é fundamental. Entende-se por ciência das cores o conhecimento das combinações das cores primárias, tonalidades e variações de modo que a obra a ser colorida reproduza, com maior fidelidade possível, as cores observadas na natureza.
As cores básicas são conhecidas por conta da decomposição da luz branca. Passando um raio de luz (por exemplo, o do sol) por um prisma, é possível observar as cores resultantes da decomposição da luz, na sequência familiar do arco-íris: verde, amarelo, laranja, vermelho, violeta, anis e azul.
O arco-íris, como se sabe, é formado quando o sol aparece subitamente após a chuva, enquanto as nuvens ainda tem precipitação: as gotículas de água no ar servem de prisma, decompondo um dos raios de sol, formando o arco-íris. O mesmo efeito pode ser observado se borrifarmos água, com uma mangueira de regar jardim, ou com um borrifador, em um local onde o sol esteja entrando limitadamente, como a fresta entre duas casas: a água suspensa no ar decompõe a luz do sol, formando um arco-íris.
Para despertar o interesse dos alunos no assunto, sugere-se fazer uma pergunta motivadora, que induzirá à investigação, até chegar na resposta.

PERGUNTA MOTIVADORA NÚMERO 1: Por que a maioria dos cartazes de filmes de ação tem como cores predominantes o azul e o laranja?
Para responder essa pergunta, primeiro temos de entender como funciona o círculo cromático.
O círculo cromático reproduz, de forma cíclica, o espectro gerado pela decomposição da luz branca, das cores primárias às suas combinações.
As cores primárias são as cores mais puras: amarelo, vermelho e azul.
As cores secundárias são resultantes da combinação das cores primárias: laranja, verde e violeta.
As cores, tanto primárias quanto secundárias, tem variações claras e escuras de acordo com a quantidade de luz absorvida no ambiente. Um mesmo objeto colorido pode parecer de tonalidade mais clara ou mais escura de acordo com o ambiente em que se encontra. Quanto mais recebe luz do ambiente - por exemplo, do sol - mais clara é a cor natural; quanto menos luz receber o ambiente, por exemplo, numa sala com janelas fechadas, com penumbra, mais escura parecerá a cor aos olhos do observador.
A reprodução das tonalidades com tintas é feita acrescentando mais ou menos tinta branca ou preta: quanto mais branco, mais claro. Com um pouquinho de tinta preta, cria-se um tom escuro.
Quanto às cores rosa, bege (amarelo-queimado ou ocre) e marrom, explica-se pelo seguinte: o rosa, e suas variações, é uma cor intermediária entre o violeta e o vermelho; o bege é uma tonalidade de marrom-claro, às vezes confundido como um tipo de amarelo; já o marrom é meio que um laranja bem escuro, cujas tonalidades são criadas misturando-se azul.
Ainda há a diferença entre as cores quentes e as cores frias. Naturalmente, tais cores tem capacidade de absorver mais ou menos luz, fazendo que criem a ideia de serem mais luminosas que outras. No círculo cromático, admite-se que as cores amarelo, laranja, vermelho e intermediárias entre elas sejam quentes, enquanto violeta, azul, verde e intermediária entre estas sejam cores frias. O amarelo é a cor com mais presença de luz, e o violeta a que tem mais ausência de luz. Pintar um ambiente de amarelo ou vermelho ou de violeta ou azul torna a diferença de percepção sensível.
O círculo cromático também apresenta a particularidade das cores complementares: por estarem em lados opostos do círculo, quando postas juntas, essas cores criam o contraste necessário para passar uma ideia ao observador de um quadro ou fotografia coloridos. É por isso, portanto, que a maioria dos cartazes de filmes de ação tem predominância das cores azul e laranja: o laranja, por ser uma cor quente, cria a ideia de "fogo", necessária para o descarga de adrenalina que o gênero cinematográfico exige; o azul dá o contraste necessário. Ambas são complementares no círculo cromático, assim como vermelho é complementar de verde, e amarelo é complementar de violeta.

PERGUNTA MOTIVADORA NÚMERO 2: Se o branco é a mistura de todas as cores, por que misturar tintas resulta em preto?
O conhecimento de combinações de cores é fundamental não apenas aos pintores, mas também aos que trabalham na área gráfica (impressão de jornais e revistas). Quem lida com programas de computador usados em edição de imagens, como Corel e Photoshop, já deve ter visto as siglas RGB e CMYK. Elas se referem a dois tipos de cores presentes em diversas áreas: as cores luz e as cores pigmento.
Na experiência conhecida como Disco de Newton, sabemos que a combinação das cores principais do arco-íris resulta na luz branca. Mas, então, por que misturar as seis cores básicas resulta em pigmento preto?
RGB é a sigla em inglês de Red, Green and Blue (Vermelho, verde e azul). Por sistema RGB também são conhecidas as cores-luz ou aditivas. Esse sistema é composto pelas cores primárias, reproduzidas a partir da divisão da luz solar. Vindas diretamente da luz, as cores RGB são usadas em tecnologias que emitem luz, como televisores, celulares e computadores (se observar uma tela de TV bem próxima, é possível perceber pontinhos vermelhos, azuis e verdes, que, misturados, resultam nas cores vistas na tela).
CMYK é a sigla em inglês para Cyan, Magenta, Yellow and Key (Ciano, Magenta, Amarelo e Controle). Para quem não sabe: ciano é uma tonalidade de azul; magenta, uma de vermelho; e Key é usado para definir o preto. Portanto, o sistema é composto por azul, vermelho, amarelo e preto. Por sistema CMYK são conhecidas as cores-pigmento ou subtrativas. Os pigmentos desse sistema absorvem a luz e refletem apenas uma das cores que a compõem - por isso a mistura delas resulta em preto. São as cores usadas nas artes visuais, como nas impressões de jornais e revistas e nas pinturas.
O sistema de impressão mais utilizado para impressão de livros, o sistema offset, é a prova mais clara do uso desse sistema: as máquinas usadas para imprimir usam cilindros de quatro cores separadas - ciano, magenta, amarelo e preto. O papel passa por cada um dos cilindros, onde as tintas, ainda úmidas, se misturam, reproduzindo graficamente as cores de pinturas, ilustrações coloridas e fotografias. Também existe a opção de imprimir exclusivamente em preto e branco, que, em termos econômicos, é mais barato que a impressão colorida.

Imagens: internet
Fontes adicionais:
Revista Mundo Estranho – O Almanaque Curioso do Cinema. São Paulo: Abril, 2014. p. 48
Revista Mundo Estranho no. 157. São Paulo: Abril, setembro de 2014. p. 41.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE: Para os alunos, sugerimos uma pequena atividade para a percepção da ciência das cores.
Abaixo, um exemplo de uma composição com formas abstratas. O professor pode elaborar outra combinação de triângulos, círculos e quadrados, desde que essas formas cruzem umas com as outras.
Os alunos deverão pintar a composição, cada forma com uma das cores primárias. No caso: triângulos de vermelho, quadrados de amarelo e círculos de azul. As formas devem ser completamente pintadas. Nos locais onde as formas se cruzam, se observará a aparição das cores secundárias. Recomenda-se que, se a pintura for feita a lápis de cor, os alunos não apertem muito o lápis contra o papel. O lápis deve ser passado suavemente, pois tornará perceptível as cores formadas pela combinação de outras.

Outra sugestão é permitir que os alunos criem a composição de formas, seguindo o mesmo princípio de colorização. Formas que se cruzam, uma forma de cada cor primária, as intersecções entre formas criando cores secundárias.

Em breve, uma nova sugestão de aula.
Até mais!

 
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