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Tendências Pedagógicas


Amigos e seguidores do blog EDUCAR é VIVER, estou estudando muito
para concurso, por esse motivo ando um pouco afastada.
Elaborei um quadro resumindo as Tendências Pedagógicas, postarei aqui para
ajudar quem está estudando para concurso e para quem está cursando Pedagogia.
Espero que ajude!!!!!



                                    Tendências Pedagógicas
Critério utilizado a posição que adotam em relação aos condicionantes sociopolíticos da escola, as tendências pedagógicas foram classificadas em liberais e progressistas.
·         Pedagogia Liberal
O termo liberal não tem o sentido de "avançado", ''democrático", "aberto",como costuma ser usado. A doutrina liberal apareceu como justificativa do sistema capitalista que, ao defender a predominância da liberdade e dos interesses individuais na sociedade, estabeleceu uma forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de produção, também denominada saciedade de classes. A pedagogia liberal, portanto, é uma manifestação própria desse tipo de sociedade.
A pedagogia liberal sustenta a idéia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papeias sociais, de acordo com as aptidões individuais. Para isso, os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes, através do desenvolvimento da cultura individual.


ASPECTOS

          TRADICIONAL
 
  RENOVADA
PROGRESSIVISTA

  RENOVADA
        NÃO     
   DIRETIVA

TECNICISTA






Papel da
   Escola
Preparação intelectual e moral; Ensino profissionalizantes para os menos capazes;  Saber igual para todos; O compromisso da escola é com a cultura, os problemas sociais pertencem à sociedade; O ambiente escolar é severo.
Adequar às necessidades individuais ao meio, por meio de experiências que devem satisfazer, ao mesmo tempo, os interesses do aluno e as exigências sociais;
Retratar o maior número possível de situações da vida.
A escola está voltada para a formação de atitudes;
Deve favorecer um clima de autodesenvolvimento
E realização pessoal;
(Rogers) acentua mais os problemas psicológicos do que os pedagógicos ou sociais;
Promover a realização pessoal do estudante.
Modeladora do comportamento humano;
Manter a ordem social;
Organizar o processo de aquisição de habilidades, atitudes e conhecimentos específicos, para que os indivíduos se integrem na máquina do sistema social global;
Emprega tecnologia comportamental para se produzir indivíduos competentes para o mercado de trabalho. (Skinner)





Conteúdo 
       de
  Ensino
Conhecimentos e valores acumulados e transmitidos como verdades; A experiência do aluno é separada da realidade social; Intelectualista;
Descontextualizados.




Estabelecidos em função de experiências vivenciadas por desafios cognitivos e situações problemáticas;
Maior valorização do processo mental  do que o próprio conteúdo. (Piaget).
Ênfase nos processos de desenvolvimento das relações e da comunicação e fica secundária à transmissão de conteúdos;
Parte dos interesses do aluno.
O aluno aprende pela espontaneidade.
É matéria de ensino apenas o que é redutível ao conhecimento observável e mensurável;
O conteúdo é sistematizado em manuais, livros didáticos, nos módulos de ensino elaborados por especialistas.










Métodos de
  Ensino
Exposição verbal da matéria e/ou demonstração; Ênfase nos exercícios, na repetição de conceitos, ou fórmulas, na memorização;
Visa disciplinar a mente e formar hábitos; Alunos passivos.
PASSOS do Método:
Apresentação do conteúdo, associação de assuntos já estudados, generalização e resolução de exercícios.
“Aprender fazendo”
Valoriza as tentativas experimentais e a descoberta, a pesquisa, o estudo do meio natural e social  e o método da solução e problemas.
Exige um estilo próprio do professor para facilitar a aprendizagem do aluno.
Os métodos usuais são dispensáveis.
Aceitação da pessoa e do aluno;
O professor é facilitador da aprendizagem do aluno, ajudando-o a se organizar, utilizando técnicas de sensibilização, onde os sentimentos de cada um possam ser expostos sem ameaças.
Procedimentos e técnicas necessárias ao arranjo e controle das condições ambientais que assegurem a transmissão/ assimilação das informações;
O uso da tecnologia educacional, planejamento sistêmico, concepção de aprendizagem como mudança de comportamento.





Relacionamento
Professor-aluno
Predomina a autoridade do professor; Não há qualquer canal de comunicação; O professor transmite o conteúdo em forma de verdade; A disciplina é imposta pela coação; Docente comanda; O aluno (adulto em miniatura) é receptor de informações.
O professor deve auxiliar o desenvolvimento livre e espontâneo da criança;
O professor é o orientador da aprendizagem, valoriza o conhecimento dos alunos;
“vivência democrática”
O professor deve garantir um clima de relacionamento pessoal autêntico sendo um condutor (facilitador de aprendizagem);
O aluno necessita de aceitação plena;
O aluno é o sujeito central do processo;
A relação entre professor e aluno deve ser autêntica e pessoal;
O professor é um especialista em relações humanas.
O professor administra as condições de transmissão da matéria;
É um elo entre a verdade científica e o aluno;
Não há comunicação pessoal com o aluno e vice-versa;
As relações afetivas e pessoais pouco importam para o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem;
O aluno é um indivíduo responsivo, não participa da elaboração do programa educacional.
É uma relação objetiva com papeis definidos.
O professor transmite a matéria e o aluno recebe, aprende e fixa as informações;
Ambos são passivos frente ao conhecimento.
O professor é um instrutor.






Pressuposto da aprendizagem
A criança possui uma capacidade de assimilação idêntica a dos adultos, apenas menos desenvolvida;
Os programas devem ser organizados em sequência lógica, sem levar em consideração as características próprias de cada idade; A aprendizagem é receptiva e mecânica/ coação;
O aluno responde a situação nova de forma semelhante  às respostas dadas em situações anteriores; Não há a construção do conhecimento pelo aluno.
O aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma autoaprendizagem;
O ambiente é um meio estimulador;
O professor reconhece os esforços e os êxitos na avaliação.
Desenvolve a valorização do “eu”;
A motivação aumenta quando o aluno desenvolve o sentimento de que é capaz de agir;
Prática pedagógica antiautoritária.
Aprender é uma questão de modificação do desempenho;
O aluno sai da situação de aprendizagem diferente de como entrou;
O ensino é um processo de condicionamento operante por meio do reforçamento das respostas que se quer obter. (Skinner)

Prática Escolar
 Escolas religiosas ou leigas;
Orientação clássico –humanista  ou humana- científica.
-Método Montessori;
- Método dos Centros de Interesses (Decroly);
-Método de projetos (Dewey)
-O ensino baseado na psicologia genética de Piaget (Emília  Ferreiro).
As idéias de Carl Rogers influenciaram um número expressivo de educadores e professores, principalmente orientadores e psicólogos escolares;
Escola de Summerhill do inglês Alexander Neill.
Os marcos de implantação do modelo tecnicista são:
Lei nº 5.540/68 reorganiza o ensino superior;
Lei nº 5.692/71 reorganiza o ensino de 1º e 2º graus;
Módulos de ensino, telecursos;
Ensino por objetivos operacionais (Mager);
Ensino por hierarquiar (Gagner);
Classificação Científica (Bloom).
  

  Outras Característica
Valorização da competição e o ambiente escolar é severo.
A disciplina escolar surge da tomada de consciência da vida em grupo.
O aluno disciplinado é aquele solidário, participante, respeitador das regras em grupo.
O professor aceita a pessoa do aluno;
É confiável e receptivo;
Tem plena convicção na capacidade do autodesenvolvimento do estudante.
Manifestações na prática escolar.

Representantes
Émile Durkheim,
Herbart (formação do caráter pela instrução e moral).
Jean Piaget;
Emília Ferreira;
Maria Montessori;
Decroly e Jonh Dewey.
Carl Rogers;
Alexander Neill      
(Escola de Summerhill)
Skinner
 Bloom
Magner
Gagne





















                  Pedagogia Progressista
  A educação é um instrumento de transformação social.
 A escola é o meio de ajudar no processo de superação das desigualdades sociais.
 Possui uma concepção crítica da sociedade capitalista.


  A pedagogia progressista tem-se manifestado em três tendências: a  LIBERTADORA, mais conhecida como pedagogia de Paulo Freire; a LIBERTÁRIA, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a CRÍTICO-SOCIAL dos CONTEÚDOS que, diferentemente das anteriores, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto cor as realidades sociais.
  As versões libertadora e libertária têm em comum o antiautoritarismo, aos conteúdos de ensino. Como decorrência, a prática educativa somente faz sentido numa prática social junto ao povo, razão pela qual preferem as modalidades de educação popular “não-formal”.
  A tendência de pedagogia crítico social dos conteúdos propõe uma síntese superadora das pedagogias Tradicional e Renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta. Entende a escola como mediação entre o individual e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto (inserido num contexto de relações sociais); dessa articulação resulta o saber criticamente re-elaborado.



    ASPECTOS

LIBERTADORA
   (Paulo Freire)

    LIBERTÁRIA
CRÍTICO -SOCIAL      DOS
CONTEÚDOS




Papel da Escola
Questiona concretamente a realidade das relações do homem com a natureza e com os outros homens;
Visa a transformação;
“Temas Geradores”;
Necessidades sociais psicológicas e culturais do aluno.

Escola exerce uma transformação na personalidade dos alunos no sentido libertário e autogestionário.
Preparar o aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade.



  

  Conteúdo de 
       Ensino
Extraídos da vida prática dos educandos;
O importante não é a transmissão de conteúdos específico, mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida;
Emerge do saber popular;
Existencialismo/ essencialismo
As matérias são colocadas à disposição do aluno, mas não são exigidas;
Resultam de necessidade e interesses manifestos pelo grupo;
Ligam-se, de forma indissociável, à sua significação humana e social;
Reavaliados face às necessidades sociais;
Interação entre conteúdos e realidade concreta.





Métodos de Ensino
 O educador e o educando possuem uma relação de autêntico diálogo;
Trabalho educativo – grupo de discussão;
O professor é animador, que deve caminhar junto, intervindo o mínimo possível;
Troca de experiências.
 Trabalha-se de forma grupal (autogestão);
Os alunos têm liberdade de trabalhar ou não, ficando o interesse pedagógico na dependência de suas necessidades ou das do grupo;
Elimina-se os livros-textos;
Adota-se o livro, visando ao desenvolvimento crítico;
Relaciona a prática vivida pelos alunos com os conteúdos propostos pelo professor, logo depois, acontece a “ruptura”(não se ater apenas ao conteúdo)
Vai-se da ação a compreensão a ação, até a síntese.


Relacionamento professor - aluno
Relação horizontal onde o  educador e o educando se posicionam como sujeitos do ato de conhecimentos não autoritário e não diretivo;
Diálogo
Não diretiva, sem obrigações e ameaças;
O professor é um orientador e catalizador (dinamizador), ele se mistura ao grupo para uma reflexão comum, não devendo impor suas concepções e idéias,não podendo transformar o aluno em um “objeto”.
Abrir perspectivas a partir dos conteúdos relacionados com o estilo de vida dos alunos, tendo consciência inclusive dos contrastes entre sua própria cultura e a do aluno;
Há a diretividade (não autocrática).




Pressuposto da Aprendizagem
“Educação problematizadora” como força motivadora da aprendizagem;
Aprender é um ato de tomar conhecimento da realidade concreta e só tem sentido se resulta de uma análise crítica dessa realidade.
A motivação está no interesse de crescer dentro da vivência grupal;
Aprendizagem informal, via grupo e a negação de toda a forma de expressão;
Somente o experimentado é usado em situações novas.
Aprender é desenvolver a capacidade de processar informações e lidar com os estímulos do ambiente, organizando os dados disponíveis da experiência;
Aprendizagem significativa;




Prática Escolar
Tem influência expressiva dos movimentos populares e nos sindicatos;
(embora se restrinja à educação de adultos ou à educação popular em geral, muitos professores colocam em prática em todos os graus de ensino);
Abrange quase todas as tendências não autoritárias em educação, entre elas, a anarquista, a psicanalista, a dos sociólogos e a dos professores progressistas;
Propõe modelos de ensino voltados para a interação conteúdos-realidades sociais, procurando articular o político e o pedagógico, ou seja, “a educação a serviço da transformação das relações de produção”.
     Outras Características
Denominados temas geradores, são extraídos de problematização da prática de vida dos educandos.
A negação de toda forma de repressão visa favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres.
Os métodos subordinam-se  aos conteúdos.
Relação diretiva, o professor é um mediador.
 Representantes
Paulo Freire
C. Freinet, Miguel Gonzalez Arroyo
José Carlos Libâneo,
Makarenko, Manacorda, Snyders, B. Charlot, Dermeval Saviani

  
       Situar o ensino centrado no professor e o ensino centrado no aluno em extremos opostos é quase negar pedagógica porque não há um aluno, ou grupo de alunos, aprendendo sozinho, nem um professor ensinando para às paredes. Há um confronto do aluno entre sua cultura e a herança cultural da humanidade, entre seu modo de viver e os modelos sociais desejáveis para um projeto novo de sociedade. E há um professor que intervém, não para se opor aos desejos e necessidades ou à liberdade e autonomia do aluno, mas para ajudá-lo a ultrapassar suas necessidades e criar outras, para ganhar autonomia, para ajudá-lo no seu esforço de distinguir a verdade do erro, para ajudado a compreender as realidades sociais e sua própria experiência.





                         




Fonte: José Carlos Libâneo – Democratização da Escola pública – 19ª edição.

 
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