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Processo Auditivo Central


São comuns os casos de crianças que possuem dificuldades de aprendizado ou não conseguem se concentrar, o que acaba ocasionando em péssimos resultados no rendimento escolar e na vida da criança, o que acaba prejudicando, também, a adaptação ao ambiente social.
Sintomas como desatenção ou atenção curta, distração fácil com sons, dificuldade de aprender, incômodo com sons altos, necessidade de repetição de informação, não compreender o que foi dito, dificuldade de concentração ou de lembrar o que aprendeu há pouco tempo, problemas de linguagem, desajuste social, inversão de letras, entre outras barreiras na hora da alfabetização ou na interação com outras pessoas do meio, muitas vezes são consideradas como ‘burrice’ ou falta de capacidade da criança em aprender, mas o problema vai além.
 Processo Auditivo Central Processo Auditivo Central
Esses sintomas podem corresponder a um distúrbio chamado de alteração no processamento auditivo central e que, se diagnosticado com antecedência, pode ser corrigido a tempo.
O processo auditivo central é um processo que necessita de um bom funcionamento das estruturas do sistema nervoso central, onde um simples distúrbio evita que a criança consiga interpretar o som, já que a interpretação depende das habilidades auditivas bem organizadas e estruturadas.
As etapas do processo auditivo central são: detecção do som, discriminação, reconhecimento, localização da fonte sonora e compreensão do som. Todas estas etapas estão relacionadas às funções cerebrais extremamente importantes como atenção e memória.
Para diagnosticar o problema, os pais devem ficar atento e, em caso de algum sintoma parecido com os mencionados, a família precisa procurar o médico que pode indicar dois tipos de avaliação:
  • Avaliação audiológica convencional, que avalia a capacidade auditiva e detecção e transmissão do som (audiometria tonal, vocal, inteligibilidade e imitanciometria).
  • Avaliação do processo auditivo central, que analisa eventos acústicos quanto à localização sonora, figura-fundo, memória sequencial, processamento temporal e fechamento, que são processos realizados mais a fundo, que vai do caminho do som até o córtex auditivo.
Os fatores que podem influenciar na falta de experiência acústica ou na alteração do processamento auditivo central são: alcoolismo materno ou uso de drogas durante a gestação; permanência em incubadora, peso de nascimento inferior a 1.500kg; alterações neurológicas, imaturidade das estruturas do sistema nervoso central ou perda auditiva neurosensorial ainda nos primeiros anos de vida.
Por isso, torna-se tão importante a avaliação do processo auditivo central, pois é ele que geralmente vai orientar a terapia fonoaudiológica e neurológica de acordo com o caso, para que assim seja realizada o mais breve possível a melhor conduta clínica.
Contar com um plano de saúde que ofereça os cuidados essenciais para uma vida melhor e mai saudável é fundamental, principalmente quando há crianças na família. Pensando nisso, a Sulamérica Saúde Familiar oferece aos seus usuários uma equipe composta por profissionais capacitados nas mais variadas áreas, com equipamentos de última geração e benefícios em prol de uma melhor qualidade de vida e diagnósticos precisos.

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Como Melhorar a Concentração da Atenção

                                         



 Incômodo de crianças, adolescentes e adultos, a dificuldade de concentração da atenção tem sido responsável por muitos fracassos: no estudo escolar, no trabalho profissional e, mesmo, no dia-a-dia da convivência com as pessoas.

Com ênfase na solução, o livro além de ser uma oportunidade de esclarecimento sobre as causas e as conseqüências da dispersão, apresenta na sua segunda parte, exercícios para melhorar a concentração, cuja eficácia têm sido constatada pelo autor na prática clínica.

A aprendizagem escolar depende de variados fatores para ocorrer com sucesso. Cada estudante tem sua história própria de dificuldades, quando busca os benefícios - e, às vezes, os sacrifícios - de aprender o que se ensina na escola.



É da experiência pessoal de cada um de nós que, nem tudo o que se ensina na escola é do interesse do aluno, mesmo que o grupo social considere de importância vital tudo o que a escola tem a comunicar.

O estudo escolar, nem sempre é desempenhado com prazer e eficiência. Muitos são os fatores que dificultam um aproveitamento proporcional ao esforço dispendido. Desde as características pessoais de cada aluno, como temperamento, ritmo de desempenho motor e formas peculiares de raciocínio.

Dentre esses fatores, um tem sobressaído ao longo da vida escolar de crianças e adolescentes: a dificuldade de concentrar a atenção naquilo que estudam. Dito de outra forma: muitos estudantes não alcançam seu objetivo de aprender, nem o conquistam sem maiores esforços por conta de uma atenção acentuadamente dispersa. Não são capazes de fixar a atenção pelo tempo necessário à compreensão e fixação do que estudam. Disso, decorre o desânimo e até conseqüências mais graves, como a redução da auto-estima. Muitos estudantes, que vivem a angústia da dispersão da atenção, terminam por formar uma idéia de si próprios incompatível com suas capacidades intelectuais, isto é, começam a se "reconhecer" intelectualmente limitados, o que, muitas vezes, os levam à desistência do caminho da escolaridade.

A dificuldade de concentrar a atenção em atividades de estudo tem mudado a trajetória da vida de muitas pessoas que, não conseguindo superar a dispersão por si mesmas, e sem o auxílio adequado por parte da família e da escola, deixam de trilhar os caminhos mais confortáveis a que têm direito pessoal na sua formação escolar.

É importante entendermos o contexto em que se desenvolve o quadro da dispersão da atenção. Para isso, é necessário analisar algumas questões que, muitas vezes, passam despercebidas, mesmo àqueles que lidam há mais tempo com os processos de ensino-aprendizagem.

De forma resumida e simples, o livro aborda questões fundamentais para compreender crianças e adolescentes que enfrentam dificuldades para concentrar a atenção no estudo.

O livro desenvolve o tema através de sete capítulos:

  1. Que é dispersão da atenção?
  2. A dispersão e seu prognóstico
  3. A desatenção
  4. A socialização do desatento
  5. O professor e o aluno disperso
  6. A família e o filho desatento
  7. Do problema à solução
Para melhorar a concentração da atenção, propomos uma série de quarenta exercícios, que podem ser repetidos tantas vezes quantas forem necessárias. Não se trata de teste, são apenas exercícios, que devem ser feitos gradativamente, sem a preocupação de executá-los todos de uma vez. De um modo geral, poderão ser usados com crianças a partir de sete anos de idade, tendo em vista suas condicões de desenvolvimento.

A simplicidade e a facilidade de execução de alguns deles não significam falta de eficiência, mas uma preparação necessária dentro de uma conquista gradativa e confortável para melhorar a concentração da atenção. 


Clique aqui para ver alguns exercícios
Fonte: http://www.luizschettini.psc.br/livro10b.htm

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Alunos com dificuldade de concentração

                    

Alunos com dificuldade de concentração precisam de espaço organizado, rotina, atividades lógicas e regras. Como a sala de aula tem muitos elementos - colegas, professor, quadro-negro, livros e materiais -, focar o raciocínio fica ainda mais difícil. Por isso, é ideal que as aulas tenham um início prático e instrumentalizado. "Não adianta insistir em falar a mesma coisa várias vezes. Não se trata de reforço. Ele precisa desenvolver a habilidade de prestar atenção com estratégias diferenciadas para, depois, entender o conteúdo", diz Maria Tereza Eglér Mantoan, doutora e docente em Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do professor ou dos colegas - em Geografia, por exemplo, ele pode exercitar a mente traçando no ar com o dedo o contorno de uma planície, planalto, morro e montanha. Também é importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. Nesse caso, o estudo das formas geométricas poderia vir acompanhado de uma atividade para encontrar figuras semelhantes que representem o quadrado, o retângulo e o círculo.
A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois, pode-se aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. "A própria sequência de exercícios parecidos e agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de forma considerável a capacidade de se concentrar", comenta Maria Tereza, da Unicamp. 


http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial

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Formas criativas para estimular a mente de alunos com deficiência


O professor deve entender as dificuldades dos estudantes com limitações de raciocínio e desenvolver formas criativas para auxiliá-los

                       Foto: Tatianal Cardeal
De todas as experiências que surgem no caminho de quem trabalha com a inclusão, receber um aluno com deficiência intelectual parece a mais complexa. Para o surdo, os primeiros passos são dados com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os cegos têm o braile como ferramenta básica e, para os estudantes com limitações físicas, adaptações no ambiente e nos materiais costumam resolver os entraves do dia-a-dia.

Mas por onde começar quando a deficiência é intelectual? Melhor do que se prender a relatórios médicos, os educadores das salas de recurso e das regulares precisam entender que tais diagnósticos são uma pista para descobrir o que interessa: quais obstáculos o aluno enfrentará para aprender - e eles, para ensinar. 
No geral, especialistas na área sabem que existem características comuns a todo esse público (leia a definição no quadro desta página). São três as principais dificuldades enfrentadas por eles: falta de concentração, entraves na comunicação e na interação e menor capacidade para entender a lógica de funcionamento das línguas, por não compreender a representação escrita ou necessitar de um sistema de aprendizado diferente. "Há crianças que reproduzem qualquer palavra escrita no quadro, mas não conseguem escrever sozinhas por não associar que aquelas letras representem o que ela diz", comenta Anna Augusta Sampaio de Oliveira, professora do Departamento de Educação Especial da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). As características de todas as outras deficiências você pode ver no especial Inclusão, de NOVA ESCOLA (leia o último quadro).

A importância do foco nas explicações em sala de aula 
Foto: Marcelo Almeida
SIGNIFICADO Na sala de recursos, elaboração de livro sobre a vida dos alunos deu sentido à escrita. Foto: Marcelo Almeida
Alunos com dificuldade de concentração precisam de espaço organizado, rotina, atividades lógicas e regras. Como a sala de aula tem muitos elementos - colegas, professor, quadro-negro, livros e materiais -, focar o raciocínio fica ainda mais difícil. Por isso, é ideal que as aulas tenham um início prático e instrumentalizado. "Não adianta insistir em falar a mesma coisa várias vezes. Não se trata de reforço. Ele precisa desenvolver a habilidade de prestar atenção com estratégias diferenciadas para, depois, entender o conteúdo", diz Maria Tereza Eglér Mantoan, doutora e docente em Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do professor ou dos colegas - em Geografia, por exemplo, ele pode exercitar a mente traçando no ar com o dedo o contorno de uma planície, planalto, morro e montanha. Também é importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. Nesse caso, o estudo das formas geométricas poderia vir acompanhado de uma atividade para encontrar figuras semelhantes que representem o quadrado, o retângulo e o círculo.

A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois, pode-se aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. "A própria sequência de exercícios parecidos e agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de forma considerável a capacidade de se concentrar", comenta Maria Tereza, da Unicamp. 
O que é a deficiência intelectual?
É a limitação em pelo menos duas das seguintes habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho. O termo substituiu "deficiência mental" em 2004, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar confusões com "doença mental", que é um estado patológico de pessoas que têm o intelecto igual da média, mas que, por algum problema, acabam temporariamente sem usá-lo em sua capacidade plena. As causas variam e são complexas, englobando fatores genéticos, como a síndrome de Down, e ambientais, como os decorrentes de infecções e uso de drogas na gravidez, dificuldades no parto, prematuridade, meningite e traumas cranianos. Os Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGDs), como o autismo, também costumam causar limitações. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial tem alguma deficiência intelectual.
Foi o que fez a professora Marina Fazio Simão, da EMEF Professor Henrique Pegado, na capital paulista, para conseguir a atenção de Moisés de Oliveira, aluno com síndrome de Down da 3ª série. "Ele não ficava parado, assistindo à aula", lembra ela. Este ano, em um projeto sobre fábulas, os avanços começaram a aparecer. "Nós lemos para a sala e os alunos recontam a história de maneiras diferentes. No caso dele, o primeiro passo foram os desenhos. Depois, escrevi com ele o nome dos personagens e palavras-chave", relata ela.

Escrita significativa e muito bem ilustrada 
Foto: Léo Drumond
COMUNICAÇÃO Vinicius superou o isolamento e melhorou a interação em atividades com imagens e sons. Foto: Léo Drumond
A falta de compreensão da função da escrita como representação da linguagem é outra característica comum em quem tem deficiência intelectual. Essa imaturidade do sistema neurológico pede estratégias que servem para a criança desenvolver a capacidade de relacionar o falado com o escrito. Para ajudar, o professor deve enaltecer o uso social da língua e usar ilustrações e fichas de leitura. O objetivo delas é acostumar o estudante a relacionar imagens com textos. A elaboração de relatórios sobre o que está sendo feito também ajuda nas etapas avançadas da alfabetização.

A professora Andréia Cristina Motta Nascimento é titular da sala de recursos da EM Padre Anchieta, em Curitiba, onde atende estudantes com deficiência intelectual. Este ano, desenvolve com eles um projeto baseado na autoidentificação - forma encontrada para tornar o aprendizado mais significativo. A primeira medida foi pedir que trouxessem fotos, certidão de nascimento, registro de identidade e tudo que poderia dizer quem eram. "O material vai compor um livro sobre a vida de cada um e, enquanto se empolgam com esse objetivo, eu alcanço o meu, que é ensiná-los a escrever", argumenta a educadora.

Quem não se comunica... pode precisar de interação
Outra característica da deficiência intelectual que pode comprometer o aprendizado é a dificuldade de comunicação. A inclusão de músicas, brincadeiras orais, leituras com entonação apropriada, poemas e parlendas ajuda a desenvolver a oralidade. "Parcerias com fonoaudiólogos devem ser sempre buscadas, mas a sala de aula contribui bastante porque, além de verbalizar, eles se motivam ao ver os colegas tentando o mesmo", explica Anna, da Unesp.

Essa limitação, muitas vezes, camufla a verdadeira causa do problema: a falta de interação. Nos alunos com autismo, por exemplo, a comunicação é rara por falta de interação. É o convívio com os colegas que trará o desenvolvimento do estudante. Para integrá-lo, as dicas são dar o espaço de que ele precisa mantendo sempre um canal aberto para que busque o educador e os colegas.

Para a professora Sumaia Ferreira, da EM José de Calazans, em Belo Horizonte, esse canal com Vinicius Sander, aluno com autismo do 2º ano do Ensino Fundamental, foi feito pela música. O garoto falava poucas palavras e não se aproximava dos demais. Sumaia percebeu que o menino insistia em brincar com as capas de DVDs da sala e com um toca-CD, colocando músicas aleatoriamente. Aos poucos, viu que poderia unir o útil ao agradável, já que essas atividades aproximavam o menino voluntariamente. Como ele passou a se mostrar satisfeito quando os colegas aceitavam bem a música que escolheu, ela flexibilizou o uso do aparelho e passou a incluir músicas relacionadas ao conteúdo. "Vi que ele tem uma memória muito boa e o vocabulário dele cresceu bastante. Por meio dos sons, enturmamos o Vinicius."
                                            (escrito por: Cinthia Rodrigues )

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Transtorno do Déficit de Atenção



                     

TDA/H ou DDA
(Transtorno do Déficit de Atenção com hiperatividade ou Distúrbio do déficit de atenção)
O que é?
O TDA/H Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade ou DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas e ambientais, que surge na infância e costuma acompanhar o indivíduo por toda a sua vida. Costuma acometer de 3 a 5% de crianças.
Sintomas
· Desatenção
· Inquietude
· Impulsividade
· Hiperatividade
· Dificuldade de concentração em atividades muito longas
· Distrai-se facilmente com estímulos externos como ruídos e movimentações
· Distrai-se com estímulos internos – “o pensamento voa”
· Erra muito por distração
· São esquecidas
· Não conseguem organizar seu material
· Dificuldade em planejar tarefas

Comumente, as crianças são taxadas de avoadas, dispersas, desinteressadas, “fora de órbita”, atrapalhadas e inquietas ao extremo, não param. São crianças que dificilmente aceitam regras, limites e o famoso “não”. Mudam constantemente de atividade, não conseguindo concentrar-se por muito tempo. Na idade adulta, este transtorno é associado a problemas como uso de drogas lícitas, ilícitas, além de depressão.
Um exemplo bastante elucidativo é dado pelo Dr. José Salomão Schwartzman, neurologista, especialista em neurologia infantil. Segundo ele é necessário observar o ambiente em que a criança, ou adulto, vive e sua interação nele, lembrando que o só se configura quando atrapalha as AVDs (atividades da vida diária).
“Imagine duas crianças hiperativas de nove anos de idade. A primeira, um menino, que mora no campo, lenhador que derruba um número bem maior de árvores por minuto do que a média e é campeão de seu estado nesta atividade. A segunda, uma menina japonesa que vive em um minúsculo apartamento cheio de peças de porcelana. Provavelmente esta precisará ser medicada, em função do contexto em que vive”.
TDA/H e o cérebro
Estudos mostram que os portadores do transtorno têm uma falha da conexão da região central orbital do cérebro com o restante dele. Essa área frontal é responsável pela inibição de comportamentos considerados inadequados. Há uma
alteração no funcionamento dos neurotransmissores e suas conexões.
Causas
· Hereditariedade
O aspecto genético em si não é responsável direto pelo transtorno, mas ele aponta para uma pré-disposição ao TDA/H. A proporção de portadores em famílias que apresentam o problema é de 2 a 10 vezes maior, o que aponta para a recorrência familiar. Essa predisposição genética envolve vários genes, que podem ocasionar diferentes níveis de atividade, com respostas diferentes em cada indivíduo.
· Problemas pré-natais (durante a gestação)
· Substâncias ingeridas na gravidez – Apesar de não definir uma relação direta de causa e efeito, estudos mostram que a ingestão de drogas e álcool durante a gestação pode causar alterações na região frontal orbital, o que aumenta a chance do bebê desenvolver o transtorno.
· Saúde materna – Aspectos como hipertensão ou diabetes por exemplo
· Idade materna
· Problemas perinatais (durante o parto até um mês de idade)
Estudos mostram que mães que passaram por algum problema ou trauma no parto tais como: toxemia, eclâmpsia, hemorragia, trabalho de parto demorado, têm mais chances de terem filhos portadores do TDA/H.
· Exposição a chumbo
Crianças que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas do TDA/H.
· Problemas Familiares
Alguns teóricos apontam os problemas familiares (discussões, baixa instrução dos pais, nível sócio econômico) poderiam causar o TDA/H, mas conclusões levam a crer que estes podem agravar, mas não causar o problema.
· Pré maturidade
· Pós maturidade
· Outras possíveis causas
Todas elas foram cientificamente testadas e nada se provou concretamente
· Corante amarelo
· Aspartame
· Luz artificial
· Deficiência hormonal (tireóide)
· Deficiências vitamínicas
Comorbidades (Quanto mais de uma patologia aparece ao mesmo tempo)
Em diversos distúrbios neurológicos, psicológicos e psiquiátricos, o diagnóstico é difícil, pois não é pontual, ou seja, não há um exame que detecte o transtorno. É um diagnóstico multidsisciplinar, onde vários especialistas são envolvidos para se chegar a um diagnóstico. Outro aspecto que dificulta o diagnóstico é a questão da comorbidade. O TDA/H aparece isoladamente em somente 31% dos casos. No restante, aparece uma ou mais patologias concomitantes o que muitas vezes pode levar a um diagnóstico errôneo. Em 34% dos casos aparece junto com transtornos ansiosos, em 40% com TDO (transtorno desafiador opositor), em 11% com tiques nervosos, em 4% com transtornos do humor, em 14% com transtornos de conduta. As comorbidades ultrapassam os 100% pois em muitos casos há mais do que 2 patologias envolvidas.
Diagnóstico
Há um guia de diagnóstico, extraído do Manual de Diagnóstico e Estatística - IV Edição (DSM-IV) da Associação Psiquiátrica Americana, onde pais, cuidadores e educadores respondem a um questionário que analisa aspectos pertinentes ao dia-a-dia da criança. São analisadas questões a respeito de atenção, concentração, organização, agitação, dificuldades em seguir instruções, dentre outras. Depois são feitas diversas intersecções entre linhas e colunas analisando-se a incidência de cada aspecto. Tudo isso analisado por um especialista que é o único apto para dar o diagnóstico final.
As pessoas que apresentam TDA/H, crianças ou adultos, vivenciam muitas dificuldades em seu cotidiano. São pessoas que têm muita dificuldade em organizar seus materiais, em terminar tarefas planejadas. Os adultos com TDAH costumam ter dificuldade de organizar e planejar suas atividades do dia-a-dia. Por exemplo, pode ser difícil para uma pessoa com TDA/H determinar o que é mais importante dentre muitas coisas que tem para fazer, escolher o que vai fazer primeiro e o que pode deixar para depois.
Em conseqüência disso, quem TDA/H fica muito “estressado” quando se vê sobrecarregado (e é muito comum que se sobrecarregue com freqüência, uma vez que assume vários compromissos diferentes), pois não sabe por onde começar e tem medo de não conseguir dar conta de tudo. Os indivíduos com TODA/H acabam deixando trabalhos pela metade, interrompem no meio o que estão fazendo e começam outra coisa, só voltando ao trabalho anterior bem mais tarde do que o pretendido ou então se esquecendo dele.
Assim, o portador fica com dificuldade para realizar sozinho suas tarefas, principalmente quando são muitas, e o tempo todo precisa ser lembrado pelos outros sobre o que tem para fazer. Isso tudo pode causar problemas na faculdade, no trabalho ou nos relacionamentos com outras pessoas.
Tratamento
Medicamento
Há muita polêmica em torno da medicação do TDA/H. Têm-se falado que está ocorrendo um uso abusivo e indiscriminado dos medicamentos que podem auxiliar no tratamento do portador do TDA/H, que ao mesmo tempo em que auxiliam em problemas como o da concentração por exemplo, também têm muitos efeitos colaterais. Um aspecto importante é o de que nem todo o caso pode ser beneficiado com o medicamento. Aquele grupo em que o TDA/H aparece sozinho, sem comorbidades, pesquisas mostram que a medicação tem efeito muito bom, porém por um curto período de tempo. Por outro lado, quando há comorbidades é preciso tratar conjuntamente as outras patologias, sejam com medicamento e/ou terapia. Há pesquisas que mostram que a criança, muitas vezes, tem uma perda na estatura final. Por isso, muitos especialistas não recomendam o uso dos medicamentos em idade de crescimento.
Tipos de medicamentos mais utilizados
  • Metilfenidato – Ritalina, Ritalina LA e Concerta (1ª escolha)
  • Antidepressivos tricíclicos – Tofranil
Terapia
A terapia é muito eficiente em grande parte dos casos, principalmente aqueles onde encontramos comorbidades com distúrbios ansiosos e TDO (transtorno desafiador opositor).
Biofeedback (ou neurofeedback)
Uma novidade no tratamento está no biofeedback. A criança ou adulto é conectada a sensores e trabalhada em diversas atividades, como videogames, dependendo da dificuldade e da idade da criança. No caso de déficit de atenção por exemplo, quando a criança distrai-se, a atividade não é concluída e portanto não ganha os pontos. Ou seja, cada vez que o cérebro responde, corretamente ao estímulo esperado, recebe um reforço positivo. Esse tratamento é caro e longo. Para começar a dar resultados são utilizadas, pelo menos, de 20 sessões. O interessante neste caso é que o paciente vai assimilando e extrapolando suas reações para as atividades da vida diária. É um processo de aprendizagem, que depois de treinado, assimilado e bastante utilizado passa a facilitar a vida do paciente.
Outras ações
Escola família e professores
A escolha da escola é um fator fundamental para o trabalho com o TDA/H. É preciso que o professor conheça o distúrbio e juntamente com a escola e família tracem estratégias para adaptar o ambiente à criança.
O aluno com TDA/H precisa sentar próximo à professora, longe da janela, por onde muitos estímulos chegam. A sala de aula deve ser o mais “clean” possível. Tudo para evitar que a criança disperse.
Ao contrário do que se pensa, nas palavras da Dra. Ana Beatriz B. Silva, psiquiatra e especialista em medicina do comportamento, “o problema não é aquele que não presta atenção em nada, mas sim, aquele que presta atenção em tudo, o tempo todo”. 
                                          (escrito por: Karen Kaufmann Sacchetto)







Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/transtorno-do-deficit-de-atencao/

 
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